logo_banner2-1-1024x287 Tiago - O irmão que acreditou após a cruz
jesus-tiago-maria-e-jose Tiago - O irmão que acreditou após a cruz

TIAGO - O irmão que acreditou após a cruz

Por Jesus, o Cristo ressuscitado

Eu sou Jesus,  irmão mais velho de Tiago. Caminhávamos os mesmos corredores da casa, dividíamos a mesa, a oração, o silêncio das noites e as tensões da vida comum.

Mas ele não cria em mim!

Ele me olhava com dúvida. Viu meus milagres, mas não via meu coração. Escutou minhas palavras, mas seus ouvidos ainda não estavam abertos para o som do céu. Tiago conhecia o Messias… mas não sabia que era seu irmão.

Foi depois da cruz. Depois do grito, do sangue, da escuridão. Depois que tudo parecia perdido — ali, no sepulcro vazio, Tiago me viu vivo. Ele caiu de joelhos.

Aquele homem orgulhoso e zeloso, quebrantou-se como criança. Ali, não me chamou mais de irmão. Chamou-me de Senhor. E não hesitou. Pregou com ousadia. Ensinou com profundidade. Consolou com firmeza. Foi odiado, perseguido, rejeitado pelos homens… mas amado por mim.

Tiago foi morto por anunciar aquilo que um dia se recusou a crer. 

“Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida” (Tiago 1:12).

Ele recebeu a coroa. E hoje, caminha comigo em glória. As palavras de Tiago são palavras de urgência.São brasas vivas.

Ele fala como quem já não tem tempo. Como quem sabe que cada linha pode ser sua última.

Por isso, escute-o. Ele aprendeu a crer, e agora ensina a viver.

“Sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tiago 1:22).

Esse é o chamado do meu irmão. Esse é o meu chamado para você.

CAPÍTULO 1 - QUEM FOI TIAGO?

Por Jesus, o Cristo ressuscitado

Tiago… meu amado irmão de sangue. Filho de Maria com José. Criação simples, de fé sólida. Crescemos sob o mesmo teto, em Nazaré.

Brincávamos entre as oliveiras, corríamos pelos campos, aprendíamos a Torah com meu pai, José. Ele sempre foi forte. Reto. Honesto. Um filho dedicado. Um irmão protetor.

Mas mesmo os melhores homens podem ter os olhos fechados para o invisível.

Tiago não me compreendia. E eu sentia a dor disso

Quando meus discípulos criam em mim com o coração ardente, meu irmão ainda me olhava como alguém comum.

Como escreveu o evangelista João:

“Porque nem mesmo os seus irmãos criam nele” (João 7:5).

Mas eu nunca o deixei de amar. Vi a semente. Vi o tempo da colheita. Foi depois da ressurreição.

Eu apareci a ele. Sozinhos. Não há registro daquele momento nas Escrituras — foi íntimo demais. Doloroso demais. Sagrado demais. Mas ali, ele me viu. Tocou minhas mãos. Olhou nos meus olhos. E o irmão se tornou servo. O sangue deu lugar ao Espírito.

Depois disso, Tiago se tornou pilar da Igreja em Jerusalém. Era chamado de Tiago, o Justo. Homem de joelhos calejados, pois orava tanto que seus joelhos pareciam os de um camelo. Era prudente, pacificador, mas firme. Conduzia com amor, mas não temia a verdade.

Sua carta — essa que você tem em mãos — é uma convocação à coerência. Tiago não tolerava uma fé sem frutos. Ele via a hipocrisia como um veneno.

“A fé, se não tiver obras, é morta em si mesma” (Tiago 2:17).

Não como quem despreza a graça, mas como quem compreende o peso da cruz.

Ele não foi apenas autor de uma epístola. Ele foi mártir.

Conta-se que, acusado de blasfêmia por crer em mim, foi levado ao pináculo do templo. Mandaram que renegasse minha divindade diante do povo. Mas Tiago proclamou:

— “Ele está assentado nos céus, à direita do grande poder, e voltará sobre as nuvens do céu.”

E então o empurraram. Seu corpo caiu. Mas ele ainda respirava. Ferido, frágil, começou a orar:

— “Pai, perdoa-lhes… pois não sabem o que fazem.”

Apedrejaram-no até que o sangue cessasse. Mas o céu se abriu. E eu o recebi de braços abertos.

Ele foi meu irmão na carne. Mas hoje, é meu irmão na eternidade. Um pastor fiel. Um escritor ungido. Um mártir da verdade.

Leia suas palavras como quem pisa em chão sagrado. Elas foram regadas por lágrimas, por sangue, por oração.

“Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que andam dispersas, saúde” (Tiago 1:1).

Foi assim que ele se apresentou. Não como irmão. Mas como servo.

E é assim que quero que você o conheça: Não como alguém que teve um privilégio de sangue…Mas como alguém que escolheu a fé. Como alguém que me chamou de Senhor.

Tiago-final-683x1024 Tiago - O irmão que acreditou após a cruz

Capítulo 2 – O contexto da epístola: perseguição e perseverança

Por Jesus, o Cristo ressuscitado

A carta de Tiago nasceu da dor. Não da dor dele apenas… mas da dor do meu povo espalhado, ferido, perseguido.

Eles estavam sendo arrancados de suas casas, expulsos de suas cidades, perseguidos por crerem em mim. A fé que floresceu em Jerusalém agora era regada com o sangue dos justos. Tiago os conhecia. Amava-os. Pastoreava-os.

Ele viu mães chorando por seus filhos. Homens açoitados. Igrejas desfeitas. Viu o medo nos olhos dos discípulos… e mesmo assim, escreveu com coragem. Como pastor que sangra junto com o rebanho.

“Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia” (Tiago 5:7).

Tiago os chamava à esperança. Mesmo em meio à injustiça, mesmo debaixo da espada, ele dizia: esperem pela chuva… eu estou voltando.

Ele conhecia a pressão. Sabia como o mundo tenta esmagar os corações fiéis. Sabia da tentação de se calar, de fugir, de viver uma fé morna e confortável. Mas ele os lembrava de mim. Do meu exemplo. Do meu sofrimento. 

“Tomai, irmãos, por exemplo de aflição e paciência, os profetas que falaram em nome do Senhor” (Tiago 5:10).

Sim, ele dizia: vocês não estão sozinhos nessa luta. A carta foi escrita aos judeus cristãos da diáspora — dispersos por toda parte, muitos vivendo como estrangeiros, humilhados, pobres, invisíveis.

Tiago os chamava de “irmãos”. Não com pena, mas com dignidade.

Ele os lembrava do céu.
Da vinda do Reino.
Da urgência da obediência.
Da força da oração.
Não há enfeite nesta epístola.
Não há discurso vazio.
Há dor. Há clamor. 

Há um fogo que arde.

Como escreveu o pregador Charles Spurgeon:

“A carta de Tiago é como um espelho — ela nos mostra, com clareza cortante, o quanto nossa fé precisa ser mais viva e visível.”

Tiago não queria apenas consolar. Ele queria despertar. E eu continuo chamando, através de suas palavras. Você está pronto para ouvi-lo? Está pronto para deixar que esta carta corte, cure e transforme?

“Sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tiago 1:22).

A perseguição pode vir. Mas a fé verdadeira permanece.

Capítulo 3 – Sabedoria no sofrimento: Tiago 1

Por Jesus, o Cristo ressuscitado

Tiago conheceu a dor — não como teoria, mas como experiência. Ele me viu ser rejeitado. Viu meu corpo pendurado. E depois… o Espírito o ensinou que a dor pode gerar sabedoria. 

Ele escreveu isso com convicção — não como quem ignora o sofrimento, mas como quem já o atravessou e foi moldado por ele.

“Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência” (Tiago 1:2-3).

Ele não dizia isso com leveza. Ele não dizia isso da segurança de um palácio. Ele dizia isso com os joelhos feridos e a alma experimentada pela dor. Tiago aprendeu que a provação é um fogo que purifica, não que destrói.

E então ele ensinava:

“Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma” (Tiago 1:4).

Tiago compreendeu o que tantos ainda recusam: a dor tem propósito.
A provação não é sinal do abandono de Deus — é sinal da formação d’Ele. É quando tudo dói que a alma se curva. É quando tudo falta que a oração floresce. 

Mas ele sabia… que muitos não entenderiam isso. Por isso, disse com ternura e firmeza:

“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada” (Tiago 1:5).

Oh, como ele conhecia o coração humano…Sabia que a dor, sem sabedoria, vira amargura. Mas a dor, com sabedoria, vira crescimento. Tiago ensinava os meus filhos a não confiarem em riquezas, nem em posições, nem em aparências. Porque tudo isso passa. Mas aquele que confia em mim, permanece. 

“Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam” (Tiago 1:12).

Ele viu isso em mim. Viu que eu suportei a cruz. Viu que a coroa de espinhos antecede a coroa da glória. Tiago ensinava também que o mal não nasce em Deus, mas nos desejos corrompidos do coração:

“Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta” (Tiago 1:13).

Ele chamava o povo à responsabilidade. Tiago não era de palavras mansas e vazias. Ele cortava o pecado na raiz, mas oferecia cura com as mãos. E então… ele escreveu um dos conselhos mais preciosos de toda a Escritura:

“Sabeis isto, meus amados irmãos: mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tiago 1:19).

Quantas dores seriam evitadas se o mundo aprendesse a ouvir…Sim, ele falava com sabedoria…Mas cobrava coerência:

“Sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tiago 1:22).

Ah, quantos me chamam de Senhor, mas não me seguem…Tiago os chamava à ação. E concluiu o capítulo com uma definição pura e prática da fé:

“A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” (Tiago 1:27).

Meu irmão entendeu: a fé não é espetáculo. A fé verdadeira é humilde, silenciosa, mas viva. Ela ama. Ela serve. Ela resiste.

Tiago aprendeu isso comigo. E agora… ele ensina a você.

Capítulo 4 – Fé com obras: Tiago 2

Por Jesus, o Cristo ressuscitado

Tiago viu com os próprios olhos a fé que não faz diferença. Viu fariseus falando sobre Deus, mas desprezando o pobre.
Viu doutores da Lei decorando mandamentos, mas fechando o coração. Ele viu o tipo de fé que me crucificou.

Por isso, ele foi direto. Sem rodeios. Como um pastor que ama demais para enganar.

“Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas” (Tiago 2:1).

Ele conhecia meu coração. Sabia que eu toquei o leproso, sentei com o rejeitado, chamei o pecador. Tiago não suportava ver meu nome sendo usado para favorecer os fortes, ignorando os pequenos.

Ele dizia: 
—Se entra na igreja um rico, de anel de ouro, e todos lhe dão lugar…
—Mas o pobre entra, e vocês o mandam sentar no chão…
—Então a fé de vocês está corrompida.

“Porventura não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?” (Tiago 2:5)

Tiago não queria uma fé de palavras bonitas. Ele queria uma fé que fizesse justiça. Ele sabia: muitos dizem “eu creio”. Mas vivem como se nunca tivessem me conhecido. Então ele fez a pergunta que corta como espada:

“Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?” (Tiago 2:14)

Oh, como isso escandalizou muitos…Mas era verdade.

Tiago nunca disse que a salvação é pelas obras. Ele sabia que é pela graça. Mas ele também sabia que a graça que salva, transforma. Foi por isso que ele deu o exemplo mais simples e poderoso:

“Se um irmão ou irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso?” (Tiago 2:15-16)

A fé que não se comove diante da dor não é fé. É discurso. E ele concluiu com força:

“Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tiago 2:17)

Tiago entendia que a verdadeira fé anda com os pés de Cristo, toca com as mãos de Cristo, enxerga com os olhos de Cristo. E ele me conhecia. Sabia que eu não separo fé de ação. Ele citou Abraão. Citou Raabe. Homens e mulheres que não apenas disseram “eu creio” — mas provaram sua fé com atitudes.

“Vês tu que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada?” (Tiago 2:22)

Meu irmão não escrevia por vaidade. Ele escrevia porque a igreja estava se perdendo na teoria. E eu o inspirei a gritar com letras:

“Mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (Tiago 2:18).

Você diz que crê em mim? Então ame. Perdoe. Sirva. Inclua. Faça justiça. 

Porque a fé verdadeira sempre deixa rastros. Rastros de amor, de compaixão, de luz. Como os que eu deixei.

Tiago entendeu. Agora é a sua vez.

Capítulo 5 – Domine a língua, governe o coração: Tiago 3

Por Jesus, o Cristo ressuscitado

Tiago conhecia o poder das palavras. Ele viu como uma simples frase pode levantar ou destruir. Viu o que disseram sobre mim nos tribunais,

e viu como a língua dos homens me condenou antes que o martelo caísse. Ele aprendeu, com lágrimas e oração, que a fé não se mede apenas pelo que fazemos… mas também pelo que falamos.

“Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tiago 3:1).

Tiago começou com um alerta. Porque ele sabia: quem ensina carrega um peso maior. Palavras formam vidas. Palavras desviam almas. E quem fala por mim, deve tremer antes de abrir a boca. Mas não era só sobre os mestres.Era sobre todos.

“Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo” (Tiago 3:2).

Ele comparou a língua a um leme — pequena peça que guia grandes navios. Ou a um fogo — centelha minúscula que incendeia florestas inteiras. Tiago estava dizendo: se você não vigia o que diz, nunca dominará sua vida.

“A língua também é um fogo, um mundo de iniquidade” (Tiago 3:6).

Ah… como ele conhecia os corações…Quantas vezes ouvi murmúrios entre os discípulos…Quantas vezes a maledicência feriu mais do que o açoite… 

Tiago escreveu com o peso da consciência, com o zelo de quem viu irmãos se destruindo com palavras. Ele dizia: a língua contamina o corpo inteiro. É veneno escondido atrás dos dentes. Mas ele não parou aí.

“Com ela bendizemos a Deus, o Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus” (Tiago 3:9).

Tiago não aceitava uma adoração mentirosa. Ele sabia que não se pode louvar a mim com os lábios e ferir o próximo com a mesma boca.

“Porventura de uma mesma fonte jorra água doce e água amargosa?” (Tiago 3:11)

Não. Não pode jorrar amor no culto e veneno na conversa. Não pode haver bênção no domingo e maldição na segunda. A boca revela o coração. E quem deseja me seguir, precisa primeiro se reconciliar com a própria língua. Mas Tiago também apontou um caminho. Ele falou da verdadeira sabedoria:

“A sabedoria, porém, que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos…” (Tiago 3:17)

Oh, como é belo esse fruto…A sabedoria que vem de mim não grita, não fere, não se impõe. Ela constrói. Ela sara. Ela fala com a doçura da verdade e com a firmeza do amor. Tiago encerra o capítulo com uma promessa silenciosa:

“Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz” (Tiago 3:18).

Quer justiça? Plante paz. Quer viver a fé verdadeira? Aprenda a calar na hora certa e a falar com graça quando for preciso. Tiago compreendeu isso de mim. E agora eu te pergunto:

O que tem saído da tua boca? O que tem morado no teu coração?

A língua é pequena, mas governa tua história. Coloque-a sob minha autoridade… E tua vida será uma canção de sabedoria e verdade.

Capítulo 6 – Guerra interior e amizade com o mundo:
Tiago 4

Por Jesus, o Cristo que sonda os corações

Tiago conhecia bem os conflitos da alma. Ele viu isso nos olhos dos primeiros crentes. Viu nos conselhos que me pediam, viu em si mesmo, quando ainda resistia à minha cruz.

Mas depois que me viu ressurreto, compreendeu que a verdadeira guerra não era contra os soldados, nem contra os fariseus,
nem contra Roma.
A batalha estava dentro do peito.

“De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” (Tiago 4:1)

Tiago viu como o coração humano se torna campo de batalha. Uma vontade puxa para o alto, outra para o abismo. Há sede por mais, desejo de possuir, inveja, orgulho, ambição…

“Cobiçais, e nada tendes; matais e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis” (Tiago 4:2).

Sim, muitos pedem…mas não me pedem como filhos. Pedem para consumir em seus prazeres. Não querem a minha vontade — querem apenas a própria realização. Tiago então foi firme. Disse o que poucos têm coragem de dizer:

“Adúlteros e adúlteras! Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?” (Tiago 4:4)

A linguagem era forte, mas o amor era ainda mais. Ele não queria perder nenhuma alma. Tiago sabia que o mundo oferece promessas doces, mas entrega correntes.

Sabia que quem flerta com o mundo, se afasta do Pai. E sabia também que há esperança.

“Antes, dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4:6)

Eu mesmo disse isso tantas vezes…Os últimos serão os primeiros. Bem-aventurados os humildes. O que Tiago aprendeu comigo, ele ensinou aos outros:

“Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7)

Não é uma batalha vencida por força, mas por rendição. A vitória começa de joelhos, começa com um coração contrito, com mãos limpas e alma purificada.

Tiago escreveu algo que me emociona… Ele escreveu como quem chorava ao lembrar do próprio encontro comigo:

“Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós” (Tiago 4:8)

E então ele conclui com o clamor do arrependimento:

“Senti as vossas misérias, e chorai e lamentai; converta-se o vosso riso em pranto e o vosso gozo em tristeza” (Tiago 4:9)

Não porque eu queira tristeza. Mas porque a dor que leva ao arrependimento cura mais do que a alegria que mascara a morte.

“Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará” (Tiago 4:10)

Tiago sabia que todo joelho dobrado em arrependimento é levantado pela minha graça. Não há exaltação sem cruz. Não há paz sem entrega. E não há glória sem renúncia. Ele encerrou com uma advertência contra o julgamento:

“Há só um legislador e juiz que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tiago 4:12)

Porque ele entendeu…Que o mesmo Deus que sonda os corações, também perdoa os arrependidos. E que tua guerra interior só terá fim quando tua alma for minha por inteiro.

E você? Vai continuar tentando vencer com tuas forças? Ou vai se render ao meu amor?

Capítulo 7 – Os últimos conselhos: Tiago 5

Por Jesus, o Bom Pastor que voltará

Tiago sabia que o tempo era curto. O mundo rugia com opressão e ambição. Pobres sendo esmagados, ricos se corrompendo,
crentes desanimando, outros se vendendo. 

Ele sentia o peso da urgência. Sabia que cada palavra sua poderia ser a última. E por isso falou como quem ama… e como quem vê de longe a minha vinda.

“Eia, pois, agora, vós, ricos, chorai e pranteai por vossas misérias que sobre vós hão de vir” (Tiago 5:1)

Tiago não escrevia contra a riqueza, mas contra a arrogância que ela pode trazer.

“O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram, e a sua ferrugem há de ser por testemunho contra vós” (v. 3)

Ele viu com os próprios olhos o quanto os pobres sofriam. Viúva oprimida. Órfão desprezado. Trabalhador sem salário.

“Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, que por vós foi retido com fraude, está clamando…” (v. 4)

Tiago ouviu o clamor do campo. E eu também ouço.

Mas mesmo diante dessa injustiça, ele não pregou revolta… Ele pregou esperança.

 

“Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor” (v. 7)

Ah, como ele ansiava por esse dia… Ele dizia: o lavrador espera o precioso fruto da terra. Assim também deveis esperar, com paciência no coração.

 

“Fortalecei os vossos corações, porque já a vinda do Senhor está próxima” (v. 8)

Sim, estou às portas. E não me esqueci de nenhuma lágrima, nem de nenhuma injustiça. Eu voltarei. Mas até lá…não julgueis uns aos outros. Não murmureis. Não desanimem na dor. Tiago lembrou de Jó. De sua paciência, da restauração que veio depois da perda. E escreveu:

“Vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso” (v. 11)

Depois, ele me honrou com um ensinamento valioso:

“Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.” (v. 13)

A fé verdadeira sabe chorar comigo… e sabe cantar também. Tiago ensinou o cuidado mútuo:

 

“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele…” (v. 14)

A oração da fé salvará o doente. O perdão virá com a confissão. A cura virá com a intercessão. E então ele deixou uma das frases mais poderosas que já ecoaram nas igrejas:

“A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (v. 16)

Ele lembrava de Elias —um homem como qualquer outro, mas que fechou os céus com sua fé. Por fim, Tiago escreveu sobre os que se desviam…e os que os trazem de volta.

“Irmãos, se algum dentre vós se desviar da verdade, e alguém o converter…”
“…saiba que aquele que converter o pecador do erro do seu caminho salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados” (v. 19-20)

Esse foi o coração do meu irmão.  Resgatar. Restaurar. Reconciliar. Ele deu a vida por isso. Morreu porque não negou meu nome. E mesmo sabendo que seria apedrejado, ele ensinou até o fim.  

Essa é a fé que eu vim plantar. Fé viva. Fé provada. Fé que ora. Fé que age. Fé que ama.

Tiago, meu irmão em sangue e agora meu irmão na glória, deixou para vocês um espelho. Olhem para ele… e vejam a mim.

Tiago-Essa-fe-que-eu-vim-plantar-768x1152 Tiago - O irmão que acreditou após a cruz

Memorização – Lições da Carta de Tiago

  1. Quem foi Tiago?
    R: Irmão de Jesus e líder da igreja em Jerusalém.

  2. Como Tiago mudou após a ressurreição?
    R: Passou de incrédulo a mártir da fé.

  3. Qual o tema central da carta de Tiago?
    R: A fé prática, viva e acompanhada de obras.

  4. O que Tiago ensina sobre as provações?
    R: Produzem perseverança e aperfeiçoam a fé.

  5. Qual atitude devemos ter nas tribulações?
    R: Alegria e oração confiante.

  6. O que Tiago diz sobre ouvir e falar?
    R: Devemos ser prontos para ouvir, tardios para falar e irar.

  7. Como Tiago compara a fé sem obras?
    R: É morta, como o corpo sem espírito.

  8. O que é a sabedoria verdadeira?
    R: É pacífica, humilde e vem do alto.

  9. Qual o perigo da língua, segundo Tiago?
    R: Pode contaminar o corpo e incendiar a vida.

  10. Como devemos tratar o próximo?
    R: Sem parcialidade, com misericórdia.

  11. O que Tiago diz sobre os ricos corruptos?
    R: Serão julgados; sua riqueza não os salvará.

  12. Qual a resposta cristã à injustiça?
    R: Paciência, esperança e oração.

  13. O que Tiago ensina sobre a oração?
    R: Tem grande poder, especialmente a do justo.

  14. Qual é a missão do crente em relação aos desviados?
    R: Resgatar, restaurar e cobrir com amor.

  15. Qual o maior exemplo de perseverança na Bíblia, segundo Tiago?
    R: Jó.

  16. Como Tiago encerra sua carta?
    R: Com exortação à intercessão e restauração dos irmãos.

  17. Qual frase resume a fé segundo Tiago?
    R: “Mostra-me a tua fé sem obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas obras.”

  18. O que fortalece o coração do crente, segundo Tiago 5?
    R: A certeza da volta de Cristo.

Jana Moreno Consultoria - (19) 99988-5719
www.janamoreno.com.br