logo_banner2-1-1024x287 Parábola do "Amigo Importuno"
parabola-amigo-inoportuno-768x1152 Parábola do "Amigo Importuno"

Parabola do "Amigo Importuno"

5 Disse-lhes ainda Jesus: Qual dentre vós, tendo um amigo, e este for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães,

6 pois um meu amigo, chegando de viagem, procurou-me, e eu nada tenho que lhe oferecer;

7 e o outro lhe responda lá de dentro: Não me incomodes; a porta já está fechada, e os meus filhos comigo já estão deitados; não posso levantar-me para to dar;

8 digo-vos que, se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da importunação, e lhe dará tudo o de que tiver necessidade.      Lucas 11:5-8

Aprendendo um pouco mais!

Lucas 11:5

“Disse-lhes ainda Jesus: Qual dentre vós, tendo um amigo, e este for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães,”

✍️ Exegese:

  • “Disse-lhes ainda Jesus” – o verbo indica continuidade; Ele acabara de ensinar a oração do Pai Nosso, e agora expande esse ensino com uma ilustração vívida.

  • “Qual dentre vós” – fórmula retórica típica de Jesus, lançando a pergunta aos ouvintes para provocar reflexão.

  • “tendo um amigo” – no grego, phílos, que denota laço afetivo forte, íntimo. Jesus parte de uma relação conhecida e confiável.

  • “à meia-noite” – o detalhe do horário é intencional: um momento inconveniente e inesperado. Simboliza orações em momentos de angústia, quando tudo parece escuro.

  • “empresta-me três pães” – pedido simples, humilde, representando uma necessidade urgente e cotidiana. Três pães eram o suficiente para alimentar um visitante cansado de viagem.

💡 Aplicação:

A oração, muitas vezes, não brota do conforto, mas da urgência. Não há hora errada para buscar a ajuda divina. Quando a alma grita, mesmo à meia-noite, o céu ouve.


📜 Lucas 11:6

“pois um meu amigo, chegando de viagem, procurou-me, e eu nada tenho que lhe oferecer;”

✍️ Exegese:

  • “um meu amigo”hetéros ek tôn philōn mou – “outro dos meus amigos”. Aqui há dois relacionamentos: o que pede e o que chegou.

  • “chegando de viagem” – naquela época, as viagens eram feitas em horários amenos, como à noite. O viajante representa alguém cansado e necessitado.

  • “e eu nada tenho que lhe oferecer” – confissão de insuficiência pessoal. Aquele que pede reconhece que não tem recursos próprios, mas clama por ajuda em favor do outro.

💡 Aplicação:

A oração intercessória é isso: clamar por outro, mesmo sem termos nada em mãos. Um coração quebrantado diante de Deus diz: “Senhor, eu não tenho… mas Tu tens!”


📜 Lucas 11:7

“e o outro lhe responda lá de dentro: Não me incomodes; a porta já está fechada, e os meus filhos comigo já estão deitados; não posso levantar-me para to dar;”

✍️ Exegese:

  • “e o outro lhe responda lá de dentro” – resposta atravessada pela parede, por trás da porta. Distância e desconforto.

  • “Não me incomodes” – no grego: mē moi kopous pareche, literalmente: “não me dês trabalhos”. Representa a atitude humana de relutar em ajudar, diferente do caráter de Deus.

  • “porta fechada… filhos deitados” – naquele tempo, famílias dormiam em um único espaço; levantar-se envolvia acordar a casa inteira. Um custo real.

  • “não posso levantar-me” – no grego, a estrutura mostra desculpa mais do que impossibilidade. Não é que não pode, mas não quer.

💡 Aplicação:

Aqui Jesus mostra um contraste: se até um amigo relutante cede à insistência, quanto mais o nosso Pai Celestial, que é bondoso e atento! Deus não é como este homem da parábola — Ele não se incomoda com nossas súplicas.


📜 Lucas 11:8

“digo-vos que, se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da importunação, e lhe dará tudo o de que tiver necessidade.”

✍️ Exegese:

  • “Digo-vos que” – fórmula de autoridade: Jesus agora interpreta a parábola.

  • “se não se levantar… por ser seu amigo” – a amizade não foi suficiente. O laço humano não moveu o homem.

  • “por causa da importunação” – grego: anaideía, que pode ser traduzido como “insistência impudente”, “descaramento sagrado”. Um clamor sem vergonha, sem medo, ousado.

  • “lhe dará tudo o de que tiver necessidade” – observe: não o mínimo, mas “tudo” que for necessário. O resultado da persistência é provisão abundante.

💡 Aplicação:

A chave aqui é a ousadia na oração. Deus se agrada quando batemos à porta com fé destemida, confiando não em nosso mérito, mas na Sua bondade. Quem insiste diante do trono da graça recebe além do que pediu.


Conclusão Teológica e Devocional

Esta parábola, longe de pintar um Deus relutante, ensina por contraste: se até um homem cansado atende a um pedido por causa da insistência, quanto mais o Pai celestial, que ama dar boas dádivas aos seus filhos (v.13).
Cristo nos convida a orar sem cessar, com fervor, com fé viva, com coragem santa. Ele está atento, mesmo quando tudo ao redor está escuro como a meia-noite.

Pregação - “Bata Até Que a Porta se Abra”

1. INTRODUÇÃO

(Entonação suave, compassiva)
Amados irmãos, que honra estar aqui com os santos nesta manhã/tarde/noite, para juntos meditarmos nas doces palavras de nosso Senhor Jesus. Hoje, Ele nos chama a bater… a insistir… a orar com fé viva e coração quebrantado. E para isso, usa uma história simples, mas profundamente poderosa.

O Mestre havia ensinado aos discípulos o Pai Nosso. Mas como todo bom Mestre, Jesus não apenas ensina com palavras, mas com histórias que ficam no coração.

Ele nos apresenta a figura de um homem que bate à porta de um amigo à meia-noite, clamando por pão. É uma cena simples. Mas, por trás dessa porta, há uma lição eterna sobre perseverança na oração e confiança na bondade do nosso Deus.


2. EXPOSIÇÃO DO TEXTO

Versículo 5 – O Pedido à Meia-Noite

(Tome o tom de suspense e surpresa)
“Quem de vós, tendo um amigo, vai bater-lhe à porta à meia-noite dizendo: Amigo, empresta-me três pães!”

 Que cena! Um homem bate à porta, não para si, mas por outro que chegou cansado de viagem. À meia-noite! O horário da aflição. O momento em que todos dormem e a esperança parece apagada.

Jesus está nos dizendo: há horas em que a alma precisa clamar mesmo quando tudo parece inconveniente. Não há hora errada para orar! O Pai celestial não dorme, e seus ouvidos estão atentos, ainda que seja “à meia-noite da vida”.


Versículo 6 – “Nada tenho que lhe oferecer”

(Tome um tom mais íntimo, com emoção)
“Oh, Senhor… um amigo chegou, e eu não tenho nada para lhe oferecer!”

Essa confissão, irmãos, é o retrato da nossa limitação humana. Não temos pão espiritual. Não temos palavras suficientes. Somos vasos vazios. Mas sabemos onde há pão! E por isso batemos.

Quem intercede por outro, mesmo vazio, já é cheio de fé.


Versículo 7 – A Porta Fechada e a Recusa

(Entone com firmeza, simulando a voz do homem que está dentro da casa)
“Não me incomodes. A porta já está fechada. Meus filhos estão deitados comigo. Não posso levantar-me para te dar.”

Quantas vezes ouvimos essas palavras, na vida e na alma! Portas fechadas. Negativas. Silêncio. Mas Jesus aqui contrasta o coração humano com o coração de Deus.

Esse homem não quis se levantar… mas Deus nunca se cansa de ouvir os Seus filhos! Ele não é como esse vizinho que nega ajuda. Ele é Pai — e Pai que se deleita em dar!


Versículo 8 – A Importunação que Move Céus

(Com entusiasmo e força)
“Digo-vos que, se não se levantar por ser seu amigo, levantar-se-á por causa da importunação, e lhe dará tudo de que tiver necessidade!”

Ah, que palavra! No original grego, a palavra usada é anaideiaousadia santa, insistência desavergonhada. É como se Jesus dissesse: “Clame! Bata! Grite se for preciso! Pois o céu se move diante de um clamor persistente!”

Deus não se ofende com nossa insistência — Ele se comove!


3. APLICAÇÃO PRÁTICA

Jesus não está nos ensinando apenas sobre um vizinho e três pães. Ele está falando sobre oração persistente, fé sem descanso, confiança mesmo quando a resposta demora.

Quantas vezes você parou de orar porque achou que Deus não respondeu? Quantas vezes desistiu de clamar por aquele filho, aquele casamento, aquela porta de emprego, aquela cura?

Irmão, irmã, volte a bater! Volte a insistir! O Pai celestial não é como o amigo da parábola. Ele não se incomoda com você. Ele ama sua voz. Ele ama quando você insiste, pois isso revela fé.

Oração não é para informar a Deus. É para transformar o nosso coração.


4. CONCLUSÃO

(Tome o tom pastoral, amoroso, com doçura)
Amados, a lição de Jesus é clara como a manhã: não se canse de orar. Ainda que a porta pareça fechada… ainda que o céu pareça em silêncio… ainda que a resposta demore…

Lembre-se: Deus nunca atrasa. Ele prepara.

Volte hoje mesmo ao lugar da oração. Traga seus pedidos. Traga seus impossíveis. Seja como o homem da parábola: bata à porta até que ela se abra. E, ao contrário do amigo cansado, você ouvirá o Pai dizer:

“Entra, filho meu, Eu já estava esperando por tua voz.”


CONVITE À ORAÇÃO

Vamos agora orar juntos?
Se você tem batido e ainda não viu resposta… não pare. Se você parou de orar… retome hoje.
Pois aquele que pede, recebe; o que busca, encontra; e ao que bate, a porta se abrirá.
(Lucas 11:9)

Jana Moreno Consultoria - (19) 99988-5719
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