logo_banner2-1-1024x287 Parábola Dracma perdida
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Parábola da Dracma Perdida

Lucas 15:8–10 (ARA)

8. Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?
9. E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.
10. Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.

Onde Jesus estava?

O texto de Lucas 15 não especifica um local exato como uma cidade ou vila, mas indica que Jesus estava em um lugar público, ensinando, e que publicanos e pecadores se aproximavam para ouvi-Lo. A presença também de fariseus e escribas mostra que era um ambiente onde diferentes tipos de pessoas podiam se reunir — provavelmente um espaço comum onde Jesus ensinava frequentemente durante Sua jornada em direção a Jerusalém.

Resumo da intenção de Jesus

Jesus estava mostrando que:

  • Deus busca o pecador.

  • O arrependimento gera festa no céu.

  • O verdadeiro problema está no orgulho religioso dos que, como os fariseus, achavam que não precisavam de arrependimento (simbolizados pelo irmão mais velho da última parábola).

Essas parábolas são uma defesa e uma ilustração do coração gracioso de Deus e da missão de Jesus de buscar e salvar o que se havia perdido (cf. Lucas 19:10).

Explicação detalhada

1. Contexto imediato (Lucas 15)

Jesus está respondendo à crítica dos fariseus e escribas (v. 2), que o acusam de “receber pecadores e comer com eles”. As três parábolas em sequência (ovelha, dracma e filho pródigo) revelam a alegria divina pelo arrependimento e restauração do perdido.

2. Análise dos versículos

Verso 8:

“Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma…”

  • Dracma (δραχμή): moeda grega de prata, aproximadamente equivalente a um denário romano, ou seja, o salário de um dia de trabalho.

  • Dez dracmas: sugerem um conjunto completo. O número dez é simbólico de plenitude.

“não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?”

  • As casas da Palestina, na época, tinham pouca iluminação natural; era comum acender lamparinas mesmo durante o dia.

  • O piso era de terra batida ou pedras, por isso era necessário varrer para encontrar um objeto pequeno como uma moeda.

  • A mulher faz uma busca meticulosa e perseverante — imagem clara de Deus procurando o pecador perdido.

Verso 9:

“E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.”

  • A alegria comunitária reforça o valor da moeda e a emoção da recuperação.

  • O convite para celebrar é paralelo ao pastor que chama amigos por causa da ovelha achada (v. 6).

Verso 10:

“Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.”

  • Jesus explica a parábola: a dracma perdida representa o pecador, e a busca simboliza a ação divina.

  • O céu inteiro se alegra quando um pecador retorna. Deus não é indiferente à salvação individual.


CONTEXTO HISTÓRICO-CULTURAL

O que era uma dracma para uma mulher naquela época?

  • A dracma não era apenas uma moeda qualquer. Em muitos contextos judaicos e orientais, dez moedas podiam compor um enfeite de cabeça (diadema) usado por mulheres solteiras ou recém-casadas, como parte de seu dote ou adorno nupcial.

  • Perder uma dracma desse conjunto tinha peso emocional, simbólico e até social:

    • Era como perder parte do emblema de sua dignidade, honra e futuro.

    • Em casos de casamento arranjado, esse ornamento simbolizava compromisso, beleza e valor.

Ela era solteira?

  • O texto não afirma explicitamente o estado civil da mulher.

  • No entanto, muitos estudiosos sugerem que ela pode ter sido solteira ou recém-casada, pois:

    • O uso de moedas como diadema era comum entre moças solteiras.

    • A intensidade da busca sugere um valor pessoal, não apenas financeiro.

    • A mulher não menciona marido ou filhos, mas amigas e vizinhas.

Conclusão: Embora não possamos afirmar com certeza, é bastante plausível, com base no pano de fundo cultural, que Jesus descreve uma mulher jovem, provavelmente solteira, cuja perda foi profundamente sentida por razões emocionais e simbólicas.


APLICAÇÃO TEOLÓGICA

  • A moeda estava perdida, mas ainda era valiosa — como o pecador diante de Deus: perdido, mas amado.

  • A moeda não se encontra sozinha — alguém (Deus) precisa procurá-la. Isso revela a iniciativa divina na salvação.

  • Deus se alegra com o retorno de cada pecador — cada alma tem valor único para o Pai.

  • Jesus mostra que Deus age como uma mulher cuidadosa e amorosa, rompendo inclusive com os estereótipos masculinos exclusivos da divindade — um detalhe revolucionário no contexto judaico.


RESUMO FINAL

Elemento Significado
Mulher Deus agindo com zelo e cuidado
Dracma O pecador perdido, mas ainda precioso
Busca diligente A ação incansável de Deus para nos encontrar
Alegria com amigas Festa no céu pela salvação de um pecador
10 moedas Completo; o que é precioso ao coração
Uma moeda perdida Deus se importa com cada um, não apenas com o todo

PREGAÇÃO - PARÁBOLA DA DRACMA PERDIDA

O Valor do que Está Perdido

TEXTO BASE:

Lucas 15:8–10


I. INTRODUÇÃO

Amados irmãos e irmãs, graça e paz vos sejam multiplicadas. Nesta noite, contemplaremos uma das parábolas que compõem o tríptico da graça no capítulo 15 de Lucas: a parábola da dracma perdida.

Jesus conta essa história para explicar por que Ele acolhe pecadores e come com eles. Os fariseus murmuravam, mas Cristo revela que há festa no céu por um só pecador que se arrepende. Que grande contraste entre a frieza dos religiosos e o calor do amor divino!


II. EXÓRDIO (Contexto e Situação)

Jesus está rodeado por publicanos e pecadores, e os fariseus criticam Sua atitude. Em resposta, Ele conta três parábolas: a ovelha perdida, a dracma perdida e o filho pródigo. Todas têm o mesmo tema central: algo precioso se perde, é buscado com diligência e, quando encontrado, há grande alegria.

Na parábola da dracma, temos uma mulher que perde uma moeda — uma dracma, equivalente ao salário de um dia de trabalho. Mas o valor vai além do monetário: possivelmente essas moedas faziam parte de seu dote de casamento. Perder uma delas era motivo de grande angústia.


III. DIVISÃO (Três pontos para exposição)

1. O VALOR DO QUE ESTÁ PERDIDO (v.8a)

“Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma…”

  • A dracma representa um pecador perdido.

  • Embora fosse apenas uma das dez, ela era insubstituível para aquela mulher.

  • Assim Deus vê cada um de nós: único, precioso, insubstituível.

  • O pecador não deixa de ter valor só porque está perdido.

  • O amor de Deus atribui valor não ao estado atual, mas ao que Ele pode restaurar.

Aplicação: Jamais devemos desprezar alguém por estar afastado. Deus o ama e quer restaurá-lo.


2. A BUSCA INTENSA (v.8b)

“…não acende a candeia, varre a casa e procura diligentemente até encontrá-la?”

  • A mulher acende a candeia: clareia o ambiente (símbolo da Palavra de Deus).

  • Varre a casa: remove o que impede a visão (símbolo da santificação e ação prática da igreja).

  • Procura diligentemente: insiste, não desiste.

Esta é a imagem do cuidado pastoral, do amor evangelístico e do Espírito Santo atuando com zelo e perseverança.

Aplicação: Devemos ser participantes dessa busca — com oração, ação, discipulado e compaixão.


3. A ALEGRIA DO ENCONTRO (v.9-10)

“… e achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.”

  • A busca termina em festa!

  • Jesus afirma: “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.”

  • O céu se move em festa por um coração quebrantado.

Aplicação: A igreja deve refletir essa alegria. Devemos nos alegrar com o arrependimento e restauração, e não com aparência ou performance.


IV. CONCLUSÃO

Essa parábola nos confronta com duas grandes verdades:

  1. O amor de Deus por cada perdido é profundo e pessoal.

  2. A igreja é chamada a refletir esse amor, buscando com diligência e celebrando com alegria cada conversão.


V. APELO PASTORAL E DOUTRINÁRIO

  • Se você está perdido, saiba que há uma luz acesa, uma vassoura movendo o pó, um Deus te buscando com amor.

  • Se você é da igreja, seja instrumento dessa busca: acenda a candeia da Palavra, varra os entulhos da indiferença, e procure com diligência os que se perderam.

A graça é incansável. A misericórdia é prática. A salvação é uma festa!


VI. ORAÇÃO FINAL

Senhor Deus, que maravilhosa é Tua graça! Ajuda-nos a enxergar o valor daqueles que se perderam, a buscar com compaixão e a nos alegrar com a Tua obra de salvação. Que sejamos igreja viva, luz acesa e mãos estendidas. Em nome de Jesus. Amém.

Jana Moreno Consultoria - (19) 99988-5719
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