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A vida de Jesus - Antes do Berço até A última Ceia

Antes do Berço

Eu Sou o Filho do Deus Altíssimo. Antes que Abraão existisse, Eu Sou.

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (João 1:1)

Desde toda a eternidade, Eu e o Pai somos Um. O plano de redenção não começou em Belém, nem no Calvário — começou no coração eterno de Deus.

“O cordeiro foi morto desde a fundação do mundo.” (Apocalipse 13:8)

Antes que houvesse tempo, Eu já conhecia cada nome que salvaria.
Eu vi a queda, ouvi os lamentos da criação, contemplei o vazio que o pecado causaria.
E, com o Pai e o Espírito, selamos um pacto eterno: Eu Me entregaria.

“A encarnação não foi uma improvisação divina diante da queda, mas um plano eterno de amor.” (John Stott, A Cruz de Cristo)

E então chegou o tempo. Deixei a glória. A eternidade tocou o tempo. A divindade vestiu carne.

Enviei um dos Meus mensageiros — Gabriel. Ele levou uma notícia que mudaria a história humana.

“E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo.” (Lucas 1:31-32)

Maria… tão jovem, tão humana… Mas seu coração era fértil para a fé. Ela tremia, mas aceitou. 

“Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra.” (Lucas 1:38)

Naquele instante, o eterno entrou no tempo. Minha divindade uniu-se à humanidade, sem confusão, sem divisão. Eu fui concebido, não por vontade do homem, mas pelo poder do Espírito Santo.

“Aquele que sustenta os mundos foi sustentado no ventre de uma virgem.” (C. S. Lewis, Milagres)

Sim, Eu poderia ter vindo com poder e glória. Mas escolhi o caminho da humildade, do ventre à cruz. Não apenas para perdoar os pecados, mas para assumi-los. Não apenas para andar entre os homens, mas para morrer por eles.

Por isso, antes que Maria Me sentisse em seu corpo, Eu já a amava com amor eterno. Antes que ela dissesse “sim”, Eu já tinha dito “Eis-Me aqui”.

O Nascimento – Luz entre os Homens

Tudo estava escuro. O mundo jazido em trevas, aprisionado sob o peso da culpa e da morte. Mas naquela noite em Belém, a Luz brilhou.

Eu vim. Nasci de mulher, nasci sob a lei. Não escolhi um palácio nem um trono. Escolhi um estábulo — rude, simples, entre animais — porque vim para todos, mas especialmente para os humildes e quebrantados.

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade.” (João 1:14)

O infinito tornou-se criança. O Criador foi embalado nos braços de Sua criação. 

“O Deus eterno se fez criança para que os homens pudessem se tornar filhos de Deus.” (Agostinho de Hipona, Sermões sobre o Natal)

Naquela noite, o céu não se conteve. Anjos romperam os céus e anunciaram a pastores — homens simples — o que os poderosos ignoravam:

“Hoje, na cidade de Davi, vos nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2:11)

Os céus cantaram. A terra ainda dormia. Belém estava alheia ao milagre. Mas os pastores vieram. Ajoelharam-se. E viram o indescritível: o Deus encarnado, o Salvador prometido, envolto em faixas.

Sim, Eu chorei como um recém-nascido, Mas era o mesmo que fez os mares rugirem. Meus olhos se abriram pela primeira vez…
Mas Eu via tudo desde a eternidade. 

“Em Belém, Deus se curvou até o pó para levantar o homem da lama.” (Hernandes Dias Lopes, A Sombra da Cruz)

Vieram também os magos. Homens de longe, gentios, guiados por uma estrela — porque desde o início, a salvação não era apenas para Israel, mas para todo aquele que crê.

E mesmo enquanto dormia no colo de Maria, o plano já se movia. Herodes tramava. O inferno se agitava. Mas Eu estava seguro nos braços do Pai.

“Deus é poderoso para nascer indefeso, mas nenhum plano dos homens pode frustrar Seus desígnios eternos.”
(Charles Spurgeon, Morning and Evening)

E assim começou a jornada do Salvador…
Do céu para o estábulo.
Da eternidade para o tempo.
Do trono para o presépio.
Do ventre para a cruz.

Porque nasci para morrer,
E morri para que vocês possam nascer de novo.

A Infância e Adolescência – O Filho Crescia em Sabedoria

Cresci como toda criança, mas em Mim não havia pecado. Aprendi a falar, a andar, a trabalhar com as mãos de José, Meu pai terreno. Maria Me amava com ternura, e guardava tudo em seu coração.

“E o menino crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.” (Lucas 2:40)

Cresci entre vizinhos e parentes, que não imaginavam quem Eu era de fato. Meu sorriso era humano, Meus olhos tinham lágrimas, e Minha fome era real. Mas, dentro de Mim, queimava o fogo da eternidade. Eu sabia quem era, e sabia para o que havia vindo.

“A humanidade de Cristo não diminuiu sua divindade; foi o véu que ocultou Sua glória, sem apagar Sua essência.”
(Leon Morris, The Cross in the New Testament)

Com doze anos, caminhei com Meus pais até Jerusalém, como era costume. Subi ao templo — aquele lugar erguido em honra ao Meu Pai. Enquanto os outros viam pedras e tradições, Eu sentia o cheiro da promessa.

Eles seguiram viagem… e Eu fiquei.

No templo, sentei-Me entre os mestres, ouvindo-os e interrogando-os. Minhas perguntas traziam luz. Minhas respostas deixavam-nos em silêncio.

“E todos os que o ouviam se admiravam da sua inteligência e das suas respostas.” (Lucas 2:47)

Fui encontrado três dias depois. Maria e José estavam aflitos. Mas respondi com ternura, e com verdade:

“Não sabíeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lucas 2:49)

Sim, Eu era Filho de José — no cuidado e no carinho. Mas era, acima de tudo, Filho do Altíssimo. Minha missão já pulsava no Meu peito. Já ouvia a voz do Pai me chamando para o madeiro.

“Mesmo criança, Jesus já compreendia o propósito de Sua vinda: o Cordeiro estava se preparando para o sacrifício.”
(John MacArthur, O Jesus que você não pode ignorar)

Voltei com eles para Nazaré. Obedeci. Trabalhei. Esperei. Porque até o tempo do sacrifício, o Cordeiro precisava crescer sem mancha.

“E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens.” (Lucas 2:52)

O Início do Ministério – O Céu se Abre sobre Mim

O tempo havia chegado. O Pai Me chamou e Eu obedeci. Deixei a oficina, as ferramentas, o anonimato de Nazaré…
E desci ao Jordão.

Ali estava João, o Batista. O último dos profetas, o arauto do Reino, aquele que clamava no deserto. 

“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29), ele disse quando Me viu.

Eu, o Santo, Me coloquei na fila dos pecadores. Fui até ele.

“Deixa por agora, pois assim nos convém cumprir toda a justiça.” (Mateus 3:15)

Desci às águas…E quando Me levantei, o céu se abriu. O Espírito desceu sobre Mim como pomba, e a voz do Pai ecoou:

“Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” (Mateus 3:17)

O céu confirmou. O Pai aprovou. A Trindade resplandeceu diante dos homens.

“Naquele instante, a eternidade tocou o tempo. O Filho se manifestou, o Espírito ungiu, e o Pai testemunhou.”
(Charles Spurgeon, Sermons on Christ’s Baptism)

Mas não fui para o trono. Fui levado ao deserto. O Espírito Me conduziu para ser tentado pelo diabo.

A Tentação – A Vitória onde Adão Caiu

Quarenta dias sem pão. Quarenta noites em solidão. A areia ardia, o vento cortava, e Satanás se aproximou. Ofereceu-Me pão…

Mas respondi:

“Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.” (Mateus 4:4)

Quis que Eu Me lançasse do alto…Mas disse:

“Não tentarás o Senhor teu Deus.” (Mateus 4:7)

Mostrou-Me os reinos do mundo…Mas declarei:

“Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás.” (Mateus 4:10)

Adão caiu comendo. Eu venci jejuando. Israel tropeçou no deserto. Eu permaneci firme.

“Cristo venceu como homem, para que os homens, por Ele, pudessem vencer.” (Hernandes Dias Lopes, Cristo, Nosso Redentor)

O diabo fugiu de mim. E os anjos vieram e Me serviram.

A hora havia chegado. O Reino estava entre os homens. A Palavra Eterna andaria entre os pobres, os cegos, os aflitos. E a cruz estava à frente, como sombra fiel.

O Ministério – O Reino Entre os Homens

Depois do deserto, caminhei entre os que sofrem. Meu passo foi leve, mas Minha compaixão era profunda.
O Reino havia chegado. O Céu visitava a Terra. Chamei pescadores à beira do mar:

“Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” (Marcos 1:17)

Eles deixaram redes, barcos, pai… e Me seguiram. Caminhei por vilas e cidades. Toquei os intocáveis, abracei os rejeitados.

Curava enfermos, dava vista aos cegos, fazia os coxos saltarem. Mas sobretudo, perdoava pecados — e isso escandalizava os líderes.

“Eu vim buscar e salvar o que se havia perdido.” (Lucas 19:10)

Não havia lugar onde não houvesse dor. Não havia dor que Eu não conhecesse.

“O sofrimento humano encontrou abrigo nos olhos de Cristo. Onde Ele passava, a dor tinha fim ou propósito.”
(Augusto Nicodemos, A Supremacia de Cristo)

Falei com autoridade. Não como os escribas. Minhas palavras perfuravam a alma e restauravam corações.

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus.” (Mateus 5:3)

Meus ensinos eram como fogo em meio à cinza da tradição. Falei por parábolas, para que os simples entendessem.
Confrontei os fariseus, porque conheciam a Lei, mas não o Autor da Lei.

Alimentei multidões com pães e peixes, mas Eu mesmo era o Pão da Vida.

“Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome.” (João 6:35)

Expulsei demônios com uma só palavra. E quando um leproso caiu aos Meus pés, dizendo:

“Senhor, se quiseres, podes purificar-me.” (Mateus 8:2)

Toquei-o. E disse: “Quero, sê limpo.”  E ele foi limpo. Como Eu vim para limpar o mundo da lepra do pecado.

“Cristo não evitou a miséria, mas caminhou para dentro dela, a fim de redimir cada aspecto da condição humana.”
(Dietrich Bonhoeffer, Discipulado)

Mas, mesmo enquanto a multidão Me seguia, o madeiro Me esperava. Cada milagre, cada palavra, cada lágrima, apontava para a cruz. Porque Eu não vim apenas para curar corpos, mas para ressuscitar almas.

E então anunciei:

“Importa que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas, seja morto e, ao terceiro dia, ressuscite.” (Lucas 9:22)

Meus discípulos não entenderam. O povo se dividia. Alguns queriam fazer-Me rei… Mas Eu vim como Servo.

A Entrada Triunfal – O Cordeiro Caminha para o Sacrifício

Chegara o tempo. Não era mais hora de evitar o confronto.

Agora, Eu caminhava diretamente para a cruz — o altar do Meu sacrifício. O Pai havia determinado. E Eu, o Cordeiro, estava pronto.

“Disse então: Eis aqui venho (no rolo do livro está escrito de mim) para fazer, ó Deus, a tua vontade.” (Hebreus 10:7)

Pedi a dois dos Meus que buscassem um jumentinho. Não um cavalo de guerra… Mas um símbolo de humildade e paz.

“Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei vem a ti, manso, e assentado sobre uma jumenta.” (Mateus 21:5)

Entrei em Jerusalém, e os gritos ecoaram:

“Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!” (Mateus 21:9)

Ramos, mantos, multidões… Mas Eu os via com olhos de misericórdia. Sabia que muitos que ali clamavam “Hosana”, em breve gritariam “Crucifica-o”.

“Eles queriam um libertador político. Eu vinha libertá-los do cativeiro do pecado.” (John Stott, A Cruz de Cristo)

Meus olhos se encheram ao olhar a cidade.

“Jerusalém, Jerusalém… quantas vezes quis eu ajuntar teus filhos, como a galinha ajunta seus pintinhos debaixo das asas, e tu não quiseste!” (Lucas 13:34)

Chorei. Sim, o Filho de Deus chorou. Porque vi a cegueira dos corações. Vi a destruição que viria. E vi, também, a cruz. No templo, expulsei os que profanavam a casa do Pai.

“A minha casa será chamada casa de oração, mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.” (Mateus 21:13)

Meus dias finais foram de ensino e confronto. Falei com clareza. Anunciei o juízo e o amor. O Reino e a responsabilidade.

Preparei os Meus. A ceia se aproximava. O traidor se inquietava. E o céu… o céu silenciava. Porque o tempo da entrega se aproximava.

“Jesus caminhava para a cruz com os olhos fixos na vontade do Pai e o coração voltado para nós.” (A. W. Tozer, O Conhecimento do Santo)

A Última Ceia – O Corpo Quebrado e o Sangue Derramado

 Era noite. 

O ambiente estava tomado por um silêncio sagrado, embora o ar estivesse denso de presságios. Meus discípulos se reuniram ao redor da mesa, como tantas outras vezes…Mas naquela noite, tudo era diferente.

Eu sabia. O tempo havia chegado.

“E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e com ele os doze apóstolos. E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça.” (Lucas 22:14-15)

Desejei muito…
Porque era a última antes da dor. A primeira antes da redenção. Olhei nos olhos de cada um. Pedro, que me negaria. João, que repousava a cabeça sobre Meu peito. Judas… que já tinha vendido sua alma por trinta moedas.

Lavei-lhes os pés. Sim, Eu, o Mestre, me curvei como servo.

“Se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns dos outros.” (João 13:14)

Eles não compreenderam. Mas cada gesto, cada palavra, era um espelho do Meu amor. Um amor que serviria até o último suspiro.

Tomei o pão. Olhei para o céu. Parti. Entreguei.

“Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.” (1 Coríntios 11:24)

Eles comeram. Mas era Eu quem seria comido pela dor.

Depois, o cálice. O vinho. O símbolo do sangue que em breve escorreria por uma coroa de espinhos, por pregos cravados, por flagelos romanos, por amor.

“Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós.” (Lucas 22:20)

Eles beberam. Mas era Eu quem beberia, até o fim, o cálice da ira do Pai sobre o pecado.

“A cruz é onde a justiça e o amor de Deus se beijam.” (Charles Spurgeon, O Maior Sermão do Mundo)

Sabia que o traidor já se movia na escuridão. Mas não detive seus passos. Eu fui entregue… porque Me entreguei.

Cantamos um hino. Minhas mãos erguidas. Meus olhos no céu. E o Meu coração… no Gólgota.

“Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8)

Naquela ceia, não houve apenas pão e vinho…Houve entrega. Aliança. E a promessa de que, um dia, à mesa do Reino, nos sentaremos juntos, redimidos.

“Há mais poder salvador no sangue de Cristo do que culpa em seu passado.” (Corrie Ten Boom, Jesus is Victor!)

Jana Moreno Consultoria - (19) 99988-5719
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