Jesus na Festa dos Tabernáculos – João 7:1-13 Ensino de Jesus e Reações – João 7:14-36 Convite À Água Viva João 7:37-39 Divisão e Debate sobre Jesus Principais Temas e Aplicações Capítulo 7 – Evangelho de João O sétimo capítulo do Evangelho de João descreve um momento crucial na vida de Jesus, quando Ele participa da Festa dos Tabernáculos em Jerusalém. Este evento revela importantes aspectos da missão de Jesus e da reação das pessoas ao Seu ministério. A festa dos tabernáculos INCREDULIDADE – Antes na Festa dos Tabernáculos – João 7:1-13 “¹ Passadas estas coisas, Jesus andava pela Galileia, porque não desejava percorrer a Judeia, visto que os judeus procuravam matá-lo. ² Ora, a festa dos judeus, chamada de Festa dos Tabernáculos, estava próxima”. João 7:1,2 Divisão cronológica: João 7 apresenta três divisões cronológicas: INDCREDULIDADE: Antes da festa ( v. 1-10); No meio da festa ( v. 11-36) E no último dia da festa (v .37-52). Maria e José tiveram filhos (Mt 13:55, 56; Mc 6:1-6) que eram, portanto, meios-irmãos de Jesus. É incrível que esses irmãos tenham vivido tantos anos com Jesus sem perceber o caráter singular de sua Pessoa. Por certo, sabiam de seus milagres (ver Jo 7:3, 4), tendo em vista que eram de conhecimento geral. Conviveram de perto com ele e, portanto, tiveram as melhores oportunidades de observá-lo e de testá-lo e, ainda assim, continuaram incrédulos.Esses homens estavam subindo a Jerusalém para comemorar uma festa religiosa, no entanto não aceitavam o próprio Messias!Como é fácil seguir as tradições sem assimilar a verdade eterna! Os publicanos e pecadores regozijavam-se com sua mensagem, enquanto os meios-irmãos zombavam dele. Sem dúvida, esses homens pensavam como o mundo: se deseja ter seguidores, deve usar as oportunidades para fazer algoespetacular. Jerusalém estaria cheia de peregrinos e seria um “palco” prefeito para Jesus apresentar-se e granjear discípulos. Claro que os irmãos sabiam da multidão de seguidores que desertara Jesus (Jo 6:66). Essa era sua chance de reaver o que havia perdido. Satanás sugeriu algo parecido, quando tentou Jesus no deserto três anos antes (Mt 4:1).Jesus já recusara a oferta da multidão de proclamá-lo Rei (Jo 6:15) e não estava prestes a ceder de maneira alguma. As celebridades podem alcançar o sucesso pelo aplauso do povo, mas os servos de Deus sabem que isso não passa de ilusão. Ao realizar milagres durante a festa na “cidade oficial” da religião judaica, Jesus poderia reunir uma multidão, revelar-se como Messias e conquistar o inimigo. Claro que essa sugestão procedeu de corações e mentes cegas por uma incredulidade que, aliás, havia sido profetizada no Salmo 69:8 – “Torneime estranho a meus irmãos e desconhecido aos filhos de minha mãe”. (Uma vez que Jesus não era filho biológico de José, não poderia dizer “aos filhos de meu pai”.) A Festa dos Tabernáculos Comemorava a jornada de Israel pelo deserto e voltava os olhos do povo para o futuro, para o reino prometido do Messias. Durante essa festa, os judeus viviam em cabanas feitas de ramos de árvores para lembrar o cuidado providencial de Deus para com sua nação durante quase quarenta anos (Lv 23:33-44). Celebrada na seqüência da Festa das Trombetas e do Dia da Expiação – uma observância solene – a Festa dos Tabernáculos era uma época festiva para o povo. A área do templo era iluminada por candelabros para lembrar a coluna de fogo que havia guiado o povo no deserto e, todos os dias, os sacerdotes tiravam água do tanque de Siloé e a derramavam de um cântaro, lembrando o povo da provisão miraculosa de água da rocha. A festa era um tempo de alegria para o povo, mas os dias de comemoração foram difíceis para Jesus, pois marcaram o começo de uma oposição aberta e intensa a sua Pessoa e a seu ministério. Desde a cura do paralítico no sábado, Jesus passou a ser alvo dos líderes judeus que desejavam matálo (Jo 7:1, 19, 20, 25, 30, 32, 44; e ver também 8:37, 40). Permaneceu na Galiléia, onde estava mais seguro, mas, a fim de observar devidamente a festa, teve de ir para Jerusalém. Contexto Histórico: Jesus estava na Galileia, evitando a Judeia porque os líderes judeus (fariseus e escribas) estavam conspirando para matá-Lo devido à Sua mensagem e milagres. A Festa dos Tabernáculos, ou Sucot, era uma das três principais festas judaicas, celebrada no sétimo mês setembro/outubro). Era um momento de lembrar a jornada dos israelitas pelo deserto após o êxodo do Egito. “3. Ninguém que deseja ser conhecido publicamente age secretamente. Visto que estás fazendo essas coisas, mostra-te ao mundo”. 4. Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele. 5. Portanto, Jesus lhes disse: “O meu tempo ainda não chegou; para vocês, qualquer tempo é bom.” Os irmãos de Jesus instigam que Ele vá à festa e mostre Seus milagres publicamente. No entanto, eles próprios não acreditavam Nele naquele momento. Jesus responde que Seu tempo ainda não havia chegado, referindo-se ao plano divino e ao momento certo para Sua revelação pública. 6. O mundo não vos pode odiar, mas a mim me odeia, porquanto dele testifico que as suas obras são más. 7. Subam vocês à festa; eu não subo a esta festa, porque o meu tempo ainda não se cumpriu”. 8. E, tendo-lhes dito isso, permaneceu na Galileia. Jesus reconhece a hostilidade que enfrentaria em Jerusalém, onde os líderes judeus O odiavam devido às Suas críticas à hipocrisia religiosa. Ele instrui Seus irmãos a irem à festa sem Ele, pois Seu tempo de revelação pública ainda não havia chegado, e permanece na Galileia. 9. Contudo, depois que os seus irmãos subiram à festa, então ele também subiu, não publicamente, mas em particular. 10. Durante a festa, os judeus o procuravam, perguntando: “Onde está ele?” Mesmo depois que Seus irmãos partiram, Jesus decide ir à festa, mas de forma discreta, não publicamente. Sua presença na festa gera curiosidade e discussão entre os judeus, que O procuram para questioná-Lo. Não havia chegado a hora de Jesus revelar- se ao mundo (Jo 14:22ss). Um dia, ele voltará, e “todo olho o verá” (Ap 1:7). Observamos anteriormente que Jesus viveu de acordo com um “cronograma divino” determinado pelo Pai (Jo 2:4; 7:6, 8, 30; 8:20; 12:23; 13:1; 17:1). Jesus usava de cautela, pois sabia que os líderes religiosos desejavam matá-lo. Apesar de esses líderes serem “religiosos”, faziam parte do “mundo” e odiavam Jesus por revelar a todos suas obras perversas.