3. Salmo 30:5

“O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.”

Exegese:
Davi louva a Deus por libertações e restaurações. A antítese entre a “noite” (tempo de dor) e a “manhã” (tempo de restauração) mostra o caráter passageiro do sofrimento diante da fidelidade do Senhor.
No hebraico, a palavra para “alegria” (רִנָּה rinnah) também pode ser traduzida como cântico jubiloso. O versículo reforça a confiança de que a tristeza é temporária, mas a alegria em Deus é certa.

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4. Salmo 126:2-3

“Então a nossa boca se encheu de riso… Grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres.”

Exegese:
O salmo celebra o retorno do cativeiro. O riso e o cântico são respostas à ação miraculosa de Deus. A repetição de “grandes coisas” mostra que o povo reconhece a obra divina como a fonte da sua restauração.
A alegria aqui tem função testemunhal: ela é percebida até entre as nações (“dizia-se entre os gentios”). É uma alegria que inspira louvor e proclamação, pois vem da intervenção redentora de Deus.

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5. Isaías 61:10

“Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus…”

Exegese:
Este capítulo descreve a missão do Servo do Senhor — que Jesus reivindica em Lucas 4:16–21. A alegria mencionada aqui vem da vestimenta de salvação e justiça, símbolo da redenção espiritual.
O profeta fala em nome do povo restaurado, cuja alegria não está nas posses, mas no ato de Deus justificar e restaurar. O verbo “regozijar-me” (sus) aparece no hebraico em forma intensiva, indicando um júbilo profundo e absoluto.

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Novo Testamento

6. João 15:11

“Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo.”

Exegese:
Jesus está no discurso de despedida. “Estas coisas” se referem ao ensino sobre permanecer n’Ele como a videira verdadeira.
A “alegria” (χαρά chara) que Jesus transmite é derivada de Sua comunhão perfeita com o Pai. Essa alegria é “completa” (plērōthē, no grego, indicando plenitude total), porque não depende das circunstâncias, mas do vínculo com Cristo. É uma alegria que sustenta os discípulos até mesmo em tempos de perseguição.

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7. Romanos 14:17

“Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.”

Exegese:
O contexto trata de disputas alimentares entre cristãos judeus e gentios. Paulo ensina que o Reino de Deus transcende essas questões.
A “alegria no Espírito Santo” é fruto de uma vida guiada pelo Espírito, que gera paz com Deus e com os irmãos. Essa alegria é sinal de vida no Reino e mostra a prioridade das virtudes espirituais sobre os rituais externos.

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8. Filipenses 4:4

“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.”

Exegese:
Escrita na prisão, essa carta é repleta de exortações à alegria. Paulo repete o verbo chairete (regozijai-vos), enfatizando a constância da alegria, mesmo em sofrimento.
A expressão “no Senhor” indica a fonte e o motivo da alegria: Cristo, e não as circunstâncias. Essa alegria é fruto da segurança da salvação e da soberania divina.

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9. 1 Pedro 1:8

“…a quem, não havendo visto, amais… exultais com alegria indizível e cheia de glória.”

Exegese:
Pedro exorta cristãos perseguidos na Ásia Menor. A fé em Cristo, mesmo sem tê-lo visto, produz uma alegria espiritual intensa.
A expressão “alegria indizível” (ἀνεκλάλητος aneklalētos) significa uma alegria além da linguagem, impossível de descrever plenamente. “Cheia de glória” (δεδοξασμένῃ dedoxasmenē) aponta para seu caráter celestial.
Essa alegria é escatológica: fundamentada na esperança da salvação final (v.9).

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10. Gálatas 5:22

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz…”

Exegese:
O “fruto do Espírito” é uma manifestação visível da vida regenerada. A palavra “alegria” (χαρά chara) está em segundo lugar, logo após o amor.
Essa alegria não é emocional apenas, mas espiritual — ela brota da presença contínua do Espírito Santo e se manifesta na constância, contentamento e gratidão em Deus, independentemente do contexto externo.

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