Evangelho de João – Capítulo 1
O capítulo 1 do Evangelho de João é um prólogo rico e profundo que estabelece os alicerces teológicos para o restante do livro. Ele introduz temas-chave como a divindade de Jesus, sua relação com Deus, sua encarnação e sua missão redentora. Vou desenvolver um resumo dos principais pontos do capítulo
O Verbo tornou-se carne – João 1:1-7
O primeiro capítulo do evangelho de João é uma introdução teológica à pessoa e à obra de Jesus Cristo, o Verbo encarnado. Ele apresenta Jesus como o agente divino da criação, da revelação e da salvação. Ele também mostra a reação do mundo a Jesus, entre aceitação e rejeição.
A introdução do Verbo de Deus, que estava com Deus e era Deus desde o princípio, e que se fez carne e habitou entre nós. O relacionamento entre Deus Pai e Filho, tem sempre as decisões unanimes, o que Deus quer o Filho também quer, ambos antes de criar tudo, já sabiam da necessidade de Jesus intervir por nós (Onisciência), humanos pecadores. Mesmo assim, nos criaram, nos amaram e esse amor não muda, mesmo o ser humano cada vez mais opte pelo inimigo e pelas coisas desse mundo.
Há várias similaridades entre o primeiro capítulo do evangelho de João e o primeiro capítulo de Gênesis
O primeiro capítulo de Gênesis é um relato da criação do mundo por Deus, que fala e ordena tudo à existência. Ele mostra a soberania, a sabedoria e a bondade de Deus, que cria o mundo com ordem, beleza e harmonia. Ele também revela o propósito de Deus para a humanidade, que é feita à sua imagem e semelhança.
Indicam uma intenção deliberada de João de fazer uma conexão entre os dois textos. Algumas dessas similaridades são:
- Ambos começam com a expressão “No princípio”, que remete ao início da história e ao plano eterno de Deus.
- Ambos apresentam Deus como o criador de todas as coisas, que age pela sua palavra poderosa e eficaz. Em João, essa palavra é identificada com Jesus, o Verbo, que estava com Deus e era Deus
“ ¹ No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. ² Ele estava no princípio com Deus. ³ Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. “ João 1:1-3
Em Gênesis, essa palavra é expressa pelo comando “Haja…” que produz cada elemento da criação (Gn 1:3-25).
Ambos destacam a importância da luz como um símbolo da vida, da ordem e da bondade de Deus. Em João, Jesus é chamado de “a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo” (Jo 1:9). Em Gênesis, a luz é a primeira coisa que Deus cria e separa das trevas (Gn 1:3-5).
Ambos mostram a relação especial entre Deus e a humanidade, que é criada por ele e para ele.
Aplicações:
- Natureza Divina de Jesus: Esses versículos estabelecem a divindade de Jesus. Ele não é apenas um ser humano extraordinário, mas é o próprio Deus encarnado. Isso nos desafia a reconhecer Jesus como Senhor e Salvador em nossas vidas.
- Criação e Soberania de Deus: Jesus, o Verbo, é apresentado como o agente da criação. Isso nos lembra da soberania de Deus sobre todo o universo e nos convida a maravilhar-nos com a complexidade e beleza da criação.
“Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a compreenderam.” João 1:4-5 João continua destacando que Jesus é a fonte da vida e a luz que ilumina as pessoas. Ele enfatiza que, embora a luz brilhe nas trevas, muitos não compreenderam essa luz. Aplicações:
- Vida e Luz Espiritual: Jesus é a fonte da vida espiritual e da verdadeira compreensão. Ele ilumina nossa jornada espiritual e nos guia para a verdade. Devemos buscar essa luz e viver de acordo com seus ensinamentos.
- Resistência às Trevas: O contraste entre a luz e as trevas destaca a luta entre o bem e o mal. As trevas representam a ignorância espiritual e a resistência à verdade. Devemos escolher abraçar a luz e rejeitar as trevas em nossas vidas.
“Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio como testemunha, para que testificasse acerca da luz, a fim de que todos cressem por meio dele.” João 1:6-7 Aqui, João Batista é introduzido como um homem enviado por Deus para testemunhar sobre a luz (Jesus). Seu papel era preparar o caminho e apontar para a chegada do Salvador.Aplicações:
- Testemunho e Missão: Assim como João Batista testemunhou sobre a luz, também somos chamados a testemunhar sobre Jesus em nossas vidas. Devemos ser mensageiros da verdade e apontar as pessoas para a salvação em Cristo.
- Preparação para Cristo: Assim como João Batista preparou o caminho para Jesus, devemos estar dispostos a remover obstáculos espirituais e abrir o coração para receber Cristo. Preparar o caminho envolve arrependimento e humildade.
Em Resumo: João 1:1-7 é um prólogo profundo que estabelece as bases teológicas para o Evangelho de João. Esses versículos ressaltam a divindade de Jesus, sua relação com Deus como o Verbo, sua influência como fonte de vida e luz, a resistência das trevas e o papel de João Batista como testemunha. As aplicações nos desafiam a reconhecer a divindade de Jesus, buscar a luz espiritual, testemunhar sobre Cristo e preparar nossos corações para sua obra em nossas vidas.
A Luz que Ilumina Todos – João 1:8-13
O texto destaca que Jesus, a luz verdadeira, veio ao mundo, mas o mundo não o reconheceu. No entanto, aqueles que o receberam e creram em seu nome receberam o poder de se tornarem filhos de Deus.
Em Gênesis, Deus faz o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, e lhes dá domínio sobre a terra (mundo, não sobre os outros homens) (Gn 1:26-28).
João enfatiza essas similaridades, porque quer mostrar que Jesus é o cumprimento da promessa de Deus desde a criação. Ele queria mostrar que Jesus é o novo começo para a humanidade, que estava perdida no pecado e nas trevas. Ele queria mostrar que Jesus é a fonte da verdadeira vida, luz e graça para todos os que nele creem.
“⁸ Ele não era a luz, mas veio para que testificasse da luz, ⁹ a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem. ” João 1:8-9
Nesses versículos, João Batista é mencionado como aquele que veio para dar testemunho da luz, referindo-se a Jesus. João Batista não é a própria luz, mas seu propósito era testemunhar e apontar para a verdadeira luz que é Jesus, a qual traz iluminação espiritual a todos.
Aplicações:
- Testemunho Cristão: Assim como João Batista testemunhou a luz, nós também somos chamados a ser testemunhas de Jesus em nosso mundo. Devemos refletir a luz de Cristo em nossas palavras, ações e estilo de vida, levando os outros a conhecerem o verdadeiro Salvador.
- Humildade e Propósito: João Batista demonstrou humildade ao reconhecer que ele não era a luz. Da mesma forma, devemos reconhecer nossa posição e importância em relação a Cristo. Devemos ter um senso de propósito em nossas vidas, direcionando os outros para a verdadeira luz que é Jesus.
“¹⁰ O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. ¹¹ Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. João 1:10-11
Aplicações:
- Reconhecendo a Criação e o Criador: Devemos reconhecer que o mundo e tudo o que nele há foi criado por Deus, que é Jesus. Isso nos lembra da importância de cuidar da criação e reconhecer a soberania de Deus sobre tudo.
- Receptividade a Jesus: É uma chamada para não apenas reconhecer Jesus intelectualmente, mas também recebê-lo como nosso Salvador e Senhor. Devemos estar abertos à sua presença e mensagem em nossas vidas.
¹² Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; ¹³ os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” João 1:12-13
Aplicações:
Esses versículos enfatizam a importância da fé em Jesus. Aqueles que recebem e creem em Jesus são capacitados a se tornarem filhos de Deus, nascendo de Deus em um sentido espiritual.
- Filiação Divina: A fé em Jesus nos conecta à família espiritual de Deus. Somos chamados a viver de acordo com nossa identidade como filhos de Deus, refletindo seu caráter e amor.
- Novo Nascimento Espiritual: O nascimento “de Deus” enfatiza a transformação interior que ocorre quando somos regenerados pela fé em Cristo. Isso nos leva a uma vida de obediência e crescimento espiritual.
- Escolha e Crença: Deus nos deu a escolha de receber ou rejeitar Jesus. A fé é o meio pelo qual nos tornamos filhos de Deus. Isso nos lembra da importância de crer e confiar em Jesus para a salvação.
Aplicações: João 1:8-13 destaca o testemunho de João Batista sobre a luz que é Jesus, a falta de reconhecimento de Jesus pelo mundo, a recepção e a crença em Jesus como o meio para se tornar filhos de Deus. Esses versículos nos desafiam a testemunhar, reconhecer e receber Jesus, resultando em uma nova identidade como filhos de Deus através da fé.
O testemunho de João Batista – João 1:14-28
“14 E o Verbo se fez carne e habitou (tabernáculou) entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. 15 João testemunha dele e exclama: ‘Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim.’ 16 Todos nós recebemos da sua plenitude, graça sobre graça. 17 Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo. 18 Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido.” João 14-18
Aplicações:
- Encarnação Divina: O Verbo, que é Jesus, se tornou carne e habitou (tabernaculou) entre os seres humanos. Isso enfatiza a encarnação de Jesus como Deus se tornando humano, e Ele veio para estar conosco e nos revelar o Pai.
“Então, ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória. Respondeu-lhe: Farei passar toda a minha bondade diante de ti e te proclamarei o nome do Senhor; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem eu me compadecer.” Êxodo 33:18,19
“No primeiro mês do segundo ano, no primeiro dia do mês, se levantou o tabernáculo. Moisés levantou o tabernáculo, e pôs as suas bases, e armou as suas tábuas, e meteu, nele, as suas vergas, e levantou as suas colunas; estendeu a tenda sobre o tabernáculo e pôs a coberta da tenda por cima, segundo o Senhor ordenara a Moisés.” Êxodo 40:17-19
- Graça e Verdade: Jesus é descrito como cheio de graça e verdade. Essas qualidades nos mostram que Ele é o meio pelo qual experimentamos o amor incondicional de Deus e a verdade que nos liberta espiritualmente.
- Testemunho de João Batista: João Batista testemunha sobre a preeminência de Jesus, reconhecendo que Jesus existia antes dele e é superior a ele. Isso ressalta a missão de João como precursor de Jesus.
- Plenitude e Graça Sobre Graça: Recebemos a graça de Deus por meio de Jesus. A expressão “graça sobre graça” indica uma abundância da graça de Deus que é derramada sobre nós através de Jesus.
- A Lei e a Graça: A Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram através de Jesus. Isso destaca a mudança de paradigma trazida por Jesus, oferecendo uma relação de graça e revelando a verdade divina de maneira mais completa.
- Revelação de Deus: Jesus, o Deus Unigênito, revela o Pai de uma maneira única. Embora ninguém tenha visto diretamente a Deus, Jesus nos dá um entendimento mais profundo e acessível da natureza e do caráter de Deus.
- Importância da Encarnação: A encarnação de Jesus é um evento central na história da salvação. Ela demonstra o amor de Deus pela humanidade e nos oferece um caminho para a reconciliação com Deus.
Em Resumo: João 1:14-18 destaca a encarnação de Jesus, sua graça e verdade, o testemunho de João Batista, a relação entre a Lei e a graça, e a importância de Jesus como revelador de Deus. Esses versículos nos incentivam a reconhecer a presença de Deus em Jesus e a receber a graça e a verdade que Ele oferece.
João Batista é questionado por sacerdotes – João 1:19-28 –
“E este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?” João 1:19
Neste versículo, João Batista está sendo questionado por sacerdotes e levitas enviados por líderes religiosos de Jerusalém. Eles estão interessados em saber quem exatamente João é e qual é a natureza de sua atividade.
“Ele confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo. Perguntaram-lhe: Quem és, então? És Elias? Respondeu: Não sou. És tu o Profeta? E ele disse: Não.” João 1:20-21
João Batista responde claramente que ele NÃO é o Cristo (o Messias esperado). Os questionadores então especulam se ele é Elias ou o Profeta prometido. João nega ser Elias ou o Profeta.
“Disseram-lhe, pois: Quem és, para que demos resposta àqueles que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?”João 1:21-22
Os questionadores continuam pressionando João para que ele revele sua identidade, pois eles precisam relatar de volta àqueles que os enviaram.
“Ele disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.”João 1:23
João Batista responde citando o profeta Isaías (Isaías 40:3), afirmando que ele é a voz que clama no deserto, preparando o caminho para o Senhor. Ele está cumprindo o papel de precursor, anunciando a vinda do Messias.
“E os que tinham sido enviados eram dos fariseus.” João 1:24
Aqui, é mencionado que aqueles que questionam João Batista são fariseus, um grupo religioso judaico conhecido por sua aderência estrita à Lei e às tradições.
“E perguntaram-lhe e disseram-lhe: Por que batizas, então, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o Profeta?”João 1:25
Os fariseus estão intrigados com o batismo de João, uma prática de purificação que normalmente estava associada a rituais religiosos ou ao ingresso em um novo movimento espiritual.
“Respondeu-lhes João, dizendo: Eu batizo com água; no meio de vós está um a quem vós não conheceis.” João 1:26
João explica que seu batismo é com água e aponta para alguém no meio deles que eles não reconhecem, referindo-se a Jesus, o Messias, que está prestes a se revelar.
“Este é aquele que vem após mim, que é antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia da alparca.” João 1:27
João declara a superioridade de Jesus, afirmando que Jesus é aquele que veio depois dele, mas é também anterior a ele. Isso ressalta a natureza divina de Jesus. A referência à correia da alparca enfatiza a humildade de João em relação a Jesus.
“Isto aconteceu em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.” João 1:28
O texto conclui explicando o contexto geográfico da narrativa, informando que esses eventos ocorreram em Betânia, além do Jordão, onde João Batista estava realizando batismos.
Aplicações:
- Identidade de Jesus: A troca entre João Batista e os fariseus enfatiza a importância de reconhecer a identidade de Jesus. Assim como João testemunhou sobre a vinda do Messias, nós também devemos reconhecer e testemunhar sobre Jesus como o Filho de Deus e o Salvador.
- Preparação e Humildade: João Batista exemplifica a humildade e a preparação para o ministério de Jesus. Devemos estar dispostos a preparar o caminho para que Jesus opere em nossas vidas e a reconhecer nossa necessidade de um Salvador.
- Prioridade Espiritual: João aponta para Jesus como aquele que é antes dele. Isso nos lembra de priorizar a presença e a obra de Jesus em nossa vida, reconhecendo Sua soberania e divindade.
- Perguntas de Identidade: Assim como os fariseus questionaram a identidade de João, devemos questionar e buscar compreender quem Jesus é em nossa vida. Isso nos levará a um relacionamento mais profundo com Ele.
- Humildade diante de Jesus: A afirmação de João de que ele não é digno de desamarrar as sandálias de Jesus reflete uma humildade profunda. Isso nos lembra de nos achegar a Jesus com humildade e reverência.
Em resumo, João 1:19-28 retrata a interação entre João Batista e os fariseus, destacando a identidade de Jesus, a humildade de João, a importância de preparar o caminho para Cristo e a necessidade de reconhecê-Lo como o Messias e o Salvador.
O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo – João 1:29-34
“No dia seguinte, João viu Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Este é aquele de quem eu disse: Após mim vem um homem que é antes de mim, porque já existia antes de mim.” João 1:29
Nesses versículos, João Batista testemunha a chegada de Jesus. Ele identifica Jesus como o “Cordeiro de Deus” que remove o pecado do mundo e reafirma que Jesus é aquele que existia antes dele e é superior a ele.
Aplicações:
- O Cordeiro de Deus: A referência a Jesus como o “Cordeiro de Deus” evoca a imagem do sacrifício substitutivo. Jesus veio para tirar o pecado do mundo, oferecendo-se como o sacrifício perfeito para nossa redenção.
- Redenção e Perdão: A declaração de João sobre Jesus enfatiza que Ele é o meio pelo qual nossos pecados são perdoados e removidos. Isso nos lembra da importância da nossa salvação através do sacrifício de Jesus.
- Reconhecendo a Divindade de Jesus: Ao dizer que Jesus existia antes dele, João reforça a divindade de Jesus. Devemos reconhecer que Jesus é mais do que um ser humano extraordinário; Ele é Deus encarnado.
“Eu não o conhecia, mas foi para que ele fosse revelado a Israel que vim, por isso vim batizando com água.” João 1:31
João Batista afirma que ele não conhecia Jesus pessoalmente, mas veio batizar com água para que Jesus pudesse ser revelado a Israel.
Aplicações:
- Papel na Revelação de Jesus: João reconhece seu papel como precursor, preparando o caminho para a revelação de Jesus. Assim como João preparou o caminho, devemos também ser canais para que outros conheçam Jesus.
- Humildade e Missão: A disposição de João em reconhecer que ele não conhecia Jesus pessoalmente reflete humildade e submissão à missão que Deus lhe deu. Devemos estar dispostos a cumprir nossas próprias missões com humildade e confiança.
“E João deu testemunho, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e permanecer sobre ele. E eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo. Eu vi e tenho testificado que este é o Filho de Deus.” João 32-34
João Batista testemunha que ele viu o Espírito Santo descer do céu sobre Jesus como uma pomba, conforme Deus havia revelado a ele. Ele confirma que Jesus é o Filho de Deus e aquele que batiza com o Espírito Santo.
Aplicações:
- Trindade Divina: A cena da descida do Espírito Santo sobre Jesus destaca a Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo. Isso nos lembra da complexidade da natureza divina de Deus.
- Batismo com o Espírito Santo: João menciona que Jesus batiza com o Espírito Santo. Isso se refere ao ato de Jesus de conferir o Espírito Santo aos crentes, uma experiência que fortalece e capacita os seguidores de Cristo.
- Identidade de Jesus como Filho de Deus: João afirma claramente que Jesus é o Filho de Deus. Devemos aceitar essa verdade fundamental e buscar uma relação íntima com Jesus, o Filho de Deus.
- Testemunho Pessoal: João testemunhou pessoalmente o cumprimento das promessas divinas em Jesus. Da mesma forma, nossas experiências pessoais com Jesus devem nos impulsionar a compartilhar nosso testemunho com os outros.
João Batista é uma figura importante no Novo Testamento, é citado nos 4 Evangelhos, como precursor de Jesus Cristo.
“Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apaga.” Mateus 3:11-12
João Batista foi um profeta que preparou o caminho para o ministério do Senhor Jesus e foi o último entre todos que anunciaram a vinda do Messias. Ele é chamado de “arauto do Messias”1. João Batista nasceu em aproximadamente 7 a.C. Ele era filho de um casal idoso de família sacerdotal, Zacarias e Isabel1. Sua mãe era parente de Maria, a mãe de Jesus1. João anunciava a vinda do Messias, o Cristo, como juiz2. O Messias batizaria “com o Espírito Santo e fogo”, e o batismo dele, João, era apenas preparatório2. João reconheceu Jesus como o Messias anunciado2 para os que o procurava.
João Batista pregava o “batismo de arrependimento para o perdão dos pecados” (Lucas 3:3). Todos os evangelistas concordam sobre isso (Mateus 3:6-10; Marcos 1:4-5; Lucas 3:3-14). Portanto, reconhecemos o batismo nas águas como símbolo do nosso redirecionamento na vida. João é o cumprimento da promessa descrita em Isaías, livro que pertence ao Velho Testamento, conhecido e estudado pelos judeus.
“³ Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. ⁴ Todo vale será aterrado, e nivelados, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplanados. ⁵ A glória do Senhor se manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do Senhor o disse.” Isaías 40:3-5
Jesus iniciou sua missão evangelizadora somente após ter sido ele próprio batizado pelo primo nas águas do Rio Jordão4. Para muitos, João Batista é exaltado como o maior dos profetas.

“³⁸ E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras? ³⁹ Ele lhes disse: Vinde, e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia; e era já quase a hora décima. ⁴⁰ Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João, e o haviam seguido. “ João 1:38-40
Em Resumo: João 1:29-34 retrata o testemunho de João Batista sobre Jesus, identificando-o como o Cordeiro de Deus, destacando sua missão de tirar o pecado do mundo, e reconhecendo sua divindade como Filho de Deus que batiza com o Espírito Santo. As aplicações nos incentivam a reconhecer a redenção que Jesus oferece, testemunhar sobre ele e aceitar sua identidade como o Filho de Deus e nosso Salvador.
Dois discípulos de João Batista seguem Jesus – João 1:35-37
“No dia seguinte, João estava outra vez ali, com dois dos seus discípulos. E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus. E os dois discípulos ouviram-no dizer isto e seguiram a Jesus.” João 1:35-37
Nesses versículos, João Batista está novamente com dois de seus discípulos. Quando João aponta para Jesus e o chama de “Cordeiro de Deus”, seus discípulos decidem seguir Jesus.
Aplicações:
- Seguindo Jesus: Os discípulos de João tiveram uma reação imediata ao testemunho de João sobre Jesus. Isso nos lembra que, ao ouvir sobre Jesus, devemos tomar a decisão de segui-lo de perto.
- Chamado para Cristo: Assim como João apontou para Jesus, também devemos apontar outros para Cristo por meio de nossas palavras e ações. O chamado para seguir Jesus é algo que também podemos transmitir aos outros.
“E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras? Ele lhes disse: Vinde e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia; e era já quase a hora décima.” João 38-39
Jesus percebe que os discípulos de João o estão seguindo e pergunta o que eles estão buscando. Eles o chamam de “Mestre” e perguntam onde Ele mora. Jesus os convida a virem e verem.
Aplicações:
- Busca Pessoal: Jesus questiona o motivo pelo qual o seguem. Isso nos lembra de avaliar nossa própria motivação para seguir Jesus e buscar uma conexão pessoal com Ele.
- Convite para Conhecer Jesus: Jesus convida os discípulos a virem e verem onde Ele mora. Da mesma forma, Ele convida cada um de nós a conhecer profundamente quem Ele é e como Ele pode transformar nossas vidas.
“Um dos dois que ouviram João e o seguiram era André, irmão de Simão Pedro. Ele achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo). E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).” João 40-42André, um dos discípulos de João, encontra seu irmão Simão (Pedro) e o apresenta a Jesus. Jesus antecipa o futuro de Pedro ao lhe dar o nome “Cefas” (Pedro).
Aplicações:
Compartilhando a Boa Notícia: André imediatamente compartilha com seu irmão a notícia de que encontrou o Messias. Isso nos desafia a compartilhar a mensagem de Cristo com nossos familiares e amigos.
Mudança de Identidade: Jesus muda o nome de Simão para Pedro, que significa “pedra”. Isso prenuncia o papel significativo que Pedro desempenharia na igreja primitiva. Da mesma forma, ao seguir Jesus, nossa identidade também é transformada e tem um propósito divino.
Seguir a Jesus: O exemplo dos discípulos mostra a importância de seguir a Jesus com sinceridade e determinação. Isso envolve deixar de lado nossos próprios caminhos e estar dispostos a aprender e crescer em nosso relacionamento com Ele.
Testemunho Pessoal: Assim como André compartilhou com Pedro, também somos chamados a compartilhar nossa fé com outros. Nossas experiências com Jesus têm o potencial de influenciar positivamente a vida de outras pessoas.
Convite e Descoberta: Assim como Jesus convidou os discípulos a virem e verem, Ele também nos convida a conhecer quem Ele é. Essa jornada de descoberta espiritual é pessoal e transformadora.
Transformação de Identidade: A mudança de nome de Pedro reflete a transformação que Jesus traz em nossas vidas. Ao seguir a Jesus, somos chamados a uma nova identidade em Cristo, com um propósito divino e uma missão
Em Resumo: João 1:35-42 retrata os primeiros encontros de André e Pedro com Jesus. Essa narrativa nos ensina sobre seguir Jesus, compartilhar o Evangelho, ser transformado por Ele e responder ao convite de conhecê-lo de perto.
Filipe e Natanael – João 1:43-51
“No dia seguinte, Jesus decidiu partir para a Galileia. Encontrou Filipe e disse-lhe: ‘Siga-me’. Filipe, como André e Pedro, era de Betsaida.” João 43-44
Nesses versículos, Jesus encontra Filipe e o chama para segui-lo. Filipe é natural de Betsaida, assim como André e Pedro.
Aplicações:
- Chamado para Seguir: O chamado de Jesus para Filipe reflete o convite que Ele faz a todos nós. Somos chamados a seguir a Jesus e a caminhar com Ele diariamente.
- Diversidade nos Chamados: Jesus chamou pessoas de diferentes origens e contextos. Isso nos mostra que o chamado de Deus é para todos, independentemente de nossa origem ou histórico.
“Filipe encontrou Natanael e lhe disse: ‘Achamos aquele sobre quem Moisés escreveu na Lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José’. Disse Natanael: ‘Pode vir algo bom de Nazaré?’ ‘Venha e veja’, disse Filipe.” João 1:47-48
Filipe encontra Natanael e compartilha sobre Jesus de Nazaré, mencionando que Ele é o cumprimento das escrituras. Natanael expressa ceticismo sobre Jesus ser de Nazaré.
Aplicações:
- Compartilhando o Evangelho:** Assim como Filipe compartilhou sobre Jesus, somos chamados a compartilhar a mensagem do Evangelho com outros, mesmo quando encontramos dúvidas ou ceticismo.
- Superando Preconceitos:** A reação de Natanael destaca a importância de superar preconceitos ou ideias pré-concebidas quando se trata de Jesus. Devemos estar abertos a conhecer Jesus pessoalmente, independentemente de nossa perspectiva inicial.
“Vendo Natanael se aproximando, disse dele Jesus: ‘Aí vem um verdadeiro israelita, em quem não há falsidade’. Perguntou-lhe Natanael: ‘De onde me conheces?’ Respondeu-lhe Jesus: ‘Antes que Filipe te chamasse, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi’.” João 47-48
Quando Natanael se aproxima, Jesus o elogia, reconhecendo sua sinceridade. Natanael fica surpreso com o conhecimento de Jesus sobre ele.
Aplicações:
- Conhecimento Profundo de Jesus: Jesus conhecia Natanael profundamente, assim como Ele conhece cada um de nós. Ele conhece nossas lutas, dúvidas e anseios, e nos convida a nos achegarmos a Ele.
- Sinceridade e Integridade: O elogio de Jesus a Natanael destaca a importância da sinceridade e da integridade em nossa relação com Deus. Ele valoriza corações honestos e abertos.
“Respondeu-lhe Natanael: ‘Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel’. Disse-lhe Jesus: ‘Você crê porque eu disse que vi você debaixo da figueira? Você verá coisas maiores do que essas’. E disse-lhe: ‘Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem’.” João 49-50
Natanael faz uma confissão de fé, reconhecendo Jesus como o Filho de Deus e o Rei de Israel. Jesus elogia a fé de Natanael e antecipa sinais maiores.
Aplicações:
- Confissão de Fé: A confissão de Natanael demonstra o reconhecimento de Jesus como o Messias. Devemos também confessar nossa fé em Jesus como o Filho de Deus e nosso Salvador.
- Crescimento na Fé: A promessa de Jesus de que Natanael veria coisas maiores destaca o crescimento contínuo na fé. À medida que caminhamos com Jesus, somos levados a um entendimento mais profundo de Sua obra e Seu poder.
- Acesso à Realidade Espiritual: A referência aos anjos subindo e descendo sobre o Filho do Homem sugere um acesso à realidade espiritual através de Jesus. Devemos buscar um relacionamento íntimo com Ele para experimentar essa conexão espiritual.
Aplicações Gerais:
- Respostas ao Chamado: Filipe e Natanael responderam ao chamado de Jesus de maneiras diferentes, mas ambas levaram ao encontro pessoal com Ele. Devemos estar dispostos a responder ao chamado de Jesus e a buscá-lo sinceramente.
- Compartilhar e Convidar: A atitude de Filipe ao convidar Natanael nos lembra da importância de compartilhar a fé com outros e convidá-los a conhecer Jesus.
- Conhecimento e Intimidade: Jesus conhece cada um de nós profundamente e nos convida a ter um relacionamento íntimo com Ele. Devemos buscar essa intimidade e crescer em nosso conhecimento de quem Ele é.
- Reconhecendo a Divindade de Jesus: Natanael reconheceu Jesus como o Filho de Deus e o Rei de Israel. Devemos também reconhecer a divindade de Jesus e Sua autoridade em nossas vidas.
Em resumo: João 1:43-51 apresenta o chamado de Jesus a Filipe, o encontro entre Filipe, Natanael e Jesus, bem como a confissão de fé de Natanael. Essa narrativa nos ensina sobre seguir o chamado de Jesus, compartilhar nossa fé, reconhecer Sua divindade e buscar um relacionamento íntimo com Ele.
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João era um dos doze apóstolos de Jesus e um dos seus mais íntimos amigos. Ele era filho de Zebedeu e Salomé, e irmão de Tiago, outro apóstolo. Ele era pescador de profissão, mas deixou…
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Domingo 09:00h – Escola Bíblica Domical
Domingo 19:00 – Culto de Adoração
Quinta 19:30h – Estudo Bíblico
Sexta 12:30h – Corumbataí
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Vila Olinda – Rio Claro – SP
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